Quais verduras e legumes são transgênicos?

Agricultura, Alimentação e Saúde Por

Muitos pensam que os transgênicos estão mais presentes no nosso dia a dia do que de fato estão, pelo menos no Brasil. Os transgênicos, que são vegetais que tiveram a sua genética artificialmente modificada, estão sim cada dia mais presentes nas mesas do mundo todo, das mais diversas formas (O que são transgênicos?). No entanto, no Brasil ainda não existem variedades transgênicas de verduras, legumes e frutas sendo cultivadas ou mesmo consumidas no país.

Normalmente apontado como transgênico, o tomate brasileiro na realidade não é.

A lenda do tomate transgênico no Brasil.
O tomate, a batata e a maçã são comumente considerados possivelmente transgênicos pela população brasileira. No entanto, nenhum desses vegetais tem transgênicos sendo comercializados no país. Essa confusão ocorre porque nos EUA, onde a discussão é mais fervorosa, esses produtos possuem versões transgênicas já autorizadas pelo governo para cultivo e consumo. Vale lembrar que os EUA são muito mais liberais nesse aspecto que os demais países do mundo.

Como saber o que está sendo vendido?
O CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia) mantém uma lista das variedades vegetais geneticamente modificadas que tem o cultivo e comércio autorizados no Brasil. Até o fim de 2017, somente variedades de soja, milho, algodão, cana de açúcar e feijão constam como autorizadas. Mesmo assim, a predominância de transgênicos se dá basicamente na soja, no milho e no algodão, ainda sendo bastante incomum nos outros produtos.

Não há um comércio ilegal dessas sementes?
Em geral não há. Isso porque as variedades transgênicas precisam ser adaptadas ao solo e clima de cada região. Se você trouxer uma semente escondida, provavelmente a produção da planta gerada por essa semente será muito ruim. Outro fator que impede que isso ocorra é o interesse de quem desenvolveu a variedade, que normalmente leva muitos anos e centenas de milhões de dólares para ser criada. Os ganhos das empresas são baseados em “royalties”, e as leis de cada país são o que garante o recebimento dos valores devidos pelos produtores a essas empresas. Traficando sementes, essas empresas não teriam amparo algum da lei local, e logo poderiam simplesmente não receber quase nada por isso.

Fonte de dados:
http://cib.org.br/produtos-aprovados/
http://time.com/3840073/gmo-food-charts/